Quero ler para ti
baixinho
ao ouvido
quero que a minha voz
te toque o âmago
e te enrole as entranhas
quero que nunca esqueças
o calor das minhas vogais
a ventania que fazem as consoantes
o rumorejar quando se encostam umas nas outras
e se amam
como eu te amo
quando te leio
baixinho
* escrito para o quadro do pintor arménio Yuroz e publicado primeiro na rubrica diária "a-ver-livros" do blog Clube de Leitores.
2 comentários:
A força das convicções num poema que toca, que envolve...
Parabéns!
Bj
Muito obrigada, AC
:-)
bjinho
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