![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhObOmWGoE5guiDrV5akWmMqH1vPS3lajZmIpVXw3eCDtcObFHEdpA7EBuTJEVth60nMaKnOOP92LhEp2WcT1JeYa3aFquJ5Sgjz15MPhV6wTNT9ON7-XhMwCyaH2SsB2vfiPp8LOqt6Wg/s320/Water-light-Painting4z.jpg)
O vento desenha
sulcos na água
e logo se arrepende.
Limito-me a respirar,
máquina de carne, osso,
alma enredada nos sulcos
que o vento desenha
na superfície
de mim
e logo se arrepende.
O vento que reduz
a inquietação no meu peito
a um leve arfar
de quem subiu escadas.
Sinto-me capaz
de conjurar as forças
da natureza,
fazer com que aquela nuvem
chova sobre ti
enquanto recordar
o teu nome.
Sinto-me capaz
de poções e feitiços.
E curiosamente não invento um
que te traga de volta.