O vento desenha
sulcos na água
e logo se arrepende.
Limito-me a respirar,
máquina de carne, osso,
alma enredada nos sulcos
que o vento desenha
na superfície
de mim
e logo se arrepende.
O vento que reduz
a inquietação no meu peito
a um leve arfar
de quem subiu escadas.
Sinto-me capaz
de conjurar as forças
da natureza,
fazer com que aquela nuvem
chova sobre ti
enquanto recordar
o teu nome.
Sinto-me capaz
de poções e feitiços.
E curiosamente não invento um
que te traga de volta.
1 comentário:
Não comento há tanto tempo as maravilhas que escreves. Devia fazê-lo mais vezes, mas raramente sei o que dizer. Gosto. Gosto tanto.
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