quarta-feira, 22 de abril de 2009

O que vale um nome 1

Há pessoas que coleccionam latas. Outras pacotinhos de açúcar. Algumas preferem marcadores de livros. Eu sou uma destas últimas. Não ocupa muito espaço e é algo muito próximo dos meus adorados livros. Claro, não os uso... Para marcar o que ando a ler, anda um velhinho, meio rasgado e obviamente repetido.

Mas também colecciono informação completamente desnecessária. Em tempos sabia quantos Felizardos havia nas Páginas Amarelas do respectivo ano. Neste momento, devo confessar, ando absolutamente fascinada com a mais actual das listagens dos nomes próprios que o nosso Estado permite - ou não... - dar à prole de cada um.

Hoje falo-vos de fruta. Lá por fora ficaram vagamente célebres a Peaches 'Pêssegos' Geldof e a Apple 'Maçã' Paltrow. Por cá? Bem, de acordo com a tal listinha fascinante, fique-se a saber que podemos chamar Mirtilo aos nossos meninos - não sabem o que é um mirtilo, pesquisem; não sou vossa mãe. E Amora às nossas meninas. E até Támara ou Tamara, que não propriamente Tâmara, vá lá entender-se porquê.



Clementina, ok. Mas se tiverem a brilhante ideia de chamar Tanja (abreviatura popular de Tangerina, óbvio) ou Laranja ou Romã? Népia. Alguém já pediu autorização, por isso aparece na lista, mas levou uma nega. E se for Cereja? Bem, os cérebros iluminados que decidem estas coisas dizem que sim, tudo bem, pode ser - mas apenas se for segundo nome. Presunto eu que qualquer coisa como Maria Cereja. E vai lá, vai. Que alguém também tentou Ginja e não se safou. Se calhar era pouco fino.

Não reza para esta história se teria sido a mesma mamã ou papá que queria chamar Sultana à filha. Mas, nesse caso, também tiveram que escolher outra coisa. Talvez Cátia Vanessa. Estou aqui numa angústia terrível. Não sei mesmo o que seria melhor. Portanto, sabem que mais? Vou dormir, que a minha vida não é isto.

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