Chamo-lhe cansaço como lhe podia chamar outra coisa,
chamo-lhe cansaço por estar demasiado cansada
para pensar noutra coisa para lhe chamar,
chamo o cansaço por que não quero chamar a tristeza
e sei que ela viria, bastava um aceno.
Chamo-lhe cansaço e aceito-o.
Não tenho forças para discutir comigo mesma.
* escrito para o quadro de Albert Joseph Moore e publicado primeiro na rubrica diária "a-ver-livros" do blog Clube de Leitores.
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