sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Da memória à dúvida
O resto da chuva da manhã deixou os passeios brilhantes. Uma coisinha de nada, uma nesga de sol, reflectiu por entre os meus passos o que me pareceu uma moeda. Atentei o olhar. Não era.
E dei por mim a pensar: encontrei tantas moedas, até notas, notas de 20 escudos, todas dobradinhas, aí pelas ruas, na minha adolescência. Avistava-as à distância, no chão, e espantava-me com a minha sorte. De há uns dez anos para cá que não me recordo de encontrar uma que seja - excepção feita a duas ou três em casa, durante uma mudança. Estarei mais alta? Com a mente ocupada demais para ver onde piso? Ou andamos todos tão tesos que já nem nos podemos dar ao luxo de perder moeditas pelo caminho para eu as encontrar?
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7 comentários:
Minha querida amiga...nunca tinha pensado nisso...mas olha que tens razão.
Se calhar é por isso que deixei de ver tanta gente de rabo para o ar em alguns parques da cidade de Lisboa.
Babes, ainda não chegou a menopausa...
ainda está longe, querido, não te preocupes.
passaste a infância de rabo empinado, portanto.´
explicativo...
de rabo empinado para a lua, gárgula...
A questão é mesmo económica...
O seu texto lembrou-me automaticamente o Lusitânia, hidroavião que povoava uma das faces das notas de 20 escudos da minha infância.
e povoava as minhas também, Demóstenes. Se calhar era por isso que tão bem voavam das minhas mãos ;-) Bem aparecido.
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