As mulheres queixam-se: já não há homens como antigamente.
Não sou propriamente das que faz gala em usar a frase a torto e a direito, como umas quantas que conheço, mas subscrevo-a. Da minha varanda sobre o macho nacional avisto-os fraquinhos, muito fraquinhos. E a vários níveis.
O que mais me aborrece é provavelmente aquele em que parecem fêmeas. Aquela coisa do "oh-ele-deixou-me-estou-tão-traumatizada-não-sei-se-vou-conseguir-entregar-me-de-novo-a-outro-homem" ouve-se agora constantemente na boca dos meninos. Aquele jogo do não-vou-ligar-a-ver-se-ele-liga fazem-no eles. E amuam se não ligamos.
Dei por mim a ter pena dos machos a quem, noutros tempos, as fêmeas fizeram cenas parvas dessas. Felizmente nunca foi bem o meu estilo. Mas fui ombro para muitos que me diziam: mas porque é que a não sei quantas não pode ser mais como tu? Ora porra, porque se fosse como eu era só tua amiga, disse-lhe mil vezes.
E claro, casaram-se, tiveram dois meninos, meteram palitos um ao outro, e estão separados. Ela, que andava sempre naquelas ceninhas foleiras de gaja, é hoje uma divorciada toda para a frente. O pai dos filhos é apenas isso e o mundo é para viver, que nunca se sabe quando é que o amor pode voltar a cruzar-se connosco num dia em que até lavámos o cabelo.
Ele? Adoro-o. Mas raios me partam - não há semana em que não queira tentar saber que anda ela a fazer, se ainda fala dele, se a nova relação será a sério. E para ele? Ah, não. Está traumatizado, acha que não pode voltar a confiar em nenhuma mulher. E coitadas das desgraçadas que lhe caíram nas unhas nos últimos dois anos. Pagam pelo crime que não cometeram.
Como se não bastasse este estado das coisas, o que não faltam são nomes efeminados com os quais se pode baptizar os rapazinhos que vão nascendo - julgavam que eu tinha arrumado de vez o rol do registo civil?
Evo não deixam.
Mas Célio, Dálio, Élsio, Érico, Filomeno, Gildo, Gino, Guido, Ildo, Josefo, Lauro, Lídio, Liliano, Luzio, Magdo, Margarido, Marílio, Marto, Natálio, Susano, Tatiano e Vânio estejam à vontadinha.
Ou Sandro. Aliás, se estiverem mesmo tentados a dar cabo da vidinha do puto para o resto dos seus dias, chamem-lhe Sandro do Paraíso. Está na lista do "sim"...!
3 comentários:
Tu não existes, andas sempre a arrancar-me gargalhadas. Beijos
FARTEI-ME DE RIR!! TENS QUE ESCREVER MAIS!! :)
Que bom...
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