segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ódio manso


Quero o teu nome
tatuado no meu peito
à força
das tuas unhas

Quero-o em sangue.
Indelével.

Quero recordá-lo
em dor
em fel
em cicatrizes enormes
como cartazes
de aviso aos incautos.

Quero-o bem perto
dos lábios que te beberam
dos dedos que te percorreram
sem adivinhar
o fedor
que a tua pele deixaria
na minha.

Quero o teu nome
presente como relâmpagos
na minha memória.

Para que não se apague
este ódio manso
que me permite guardar-te
para sempre
a meu lado.

Sem comentários: