sábado, 15 de maio de 2010

Ridícula, claro


Esta é uma carta de amor
para quem tem medo de amar.
Poucas palavras,
um toque de mãos,
um olhar.
Receio que tudo se esfume
enquanto se escreve.

Que o meu amor te proteja
das esquinas que escondem perigos
das estradas escuras e esburacadas
das ondas que engolem meninos
dos buracos negros da vida
da tristeza e do infortúnio
dos raios que caem do céu
das dores que envolvem amores
da escuridão de breu
e da luz que encandeia
dos bichos-papão da infância
do chiar insano de pneus
do bicho da fruta
e do monstro da gruta
e de tudo quanto é mau.

2 comentários:

CriandoPérolas disse...

Simplesmente espectacular!!!

Alice disse...

que aconchego este teu poema