sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Adopção


Nasceu num momento de ócio, filho da falta de talento.
Viveu num canto escondido, progenitura envergonhada.
A morte foi-lhe anunciada.
Mas algum pudor fez com que ficasse apenas ali, meio de pé, meio caído, junto ao caixote do lixo, a meio de uma tarde solarenga.
Meia hora depois já lá não estava.
Espera-se que viva feliz, à luz de outros olhos que lhe encontrem a beleza que nunca teve. Felicidades.

1 comentário:

Sérgio Pontes disse...

Gostei deste blog,

Vou volta cá mais vezes.

Cumprimentos