Há pessoas que gostam de perder-se nas linhas do Woody Allen para um momento lúdico de leitura. Eu, que já li praticamente todas as páginas do senhor que, na vida real, se chama Allen Stewart Konigsberg, relaxo e rio que nem uma perdida a ler o tal rol notarial de nomes próprios que já antes mencionei.
Falava de amor no post anterior? Pois podemos baptizar Amor quem quisermos. Está na lista dos 'sim'. E Bela. E Diva, Feliz, Preciosa, Linda, Magna e, para meninos, Perfeito. Até Cinderela podem chamar à criança, que querem melhor?
Mas a coluna dos rejeitados é bem mais divertida. Amorel, Amorita, Amorosa - negado. Bonita, Brilhante, Deusa, Deusa Bela, Lindo, Magnífica, Querida? Negado. Belíssima, Belecíssima, solicitados por quem tem, decerto, uma queda para os superlativos? Negado. E Naciolinda (nota: ler com pronúncia espanholada)? Se nasceu linda, bom para ela. Mas não. Paixão? Quimera? Nirvana? Eden? Nah. Nah. Nah. Nah.
Mas o reverso da medalha parental também se encontra. Quem é que em Portugal quer chamar Greta a uma filha? Alguém quis. Alguém conseguiu. E uma Greta (por mais que puxe à Garbo) terá tido que aguentar toda a vida a pressão de tal nome. Se estiver vivinha da silva, a sra. dona Porciana também deve andar a ouvir umas piadas giras, nestes tempos de gripes maradas. E há - ou houve - por aí um Primitivo. Uma Sátira. Um Lindoro - e só de pensar nisso dá vontade de rir até fazer xixi pelas pernas abaixo, ou não se assemelhasse tanto a uma marca de fraldas para a incontinência.
Sorte teve a fêmea da espécie que escapou à justa de se chamar Praga - e esqueçam lá a cidade. Ou o macho que nunca chegou a ser baptizado Lúpus, nome de doença. Ou ainda, felizardo dum camandro! o que escapou de ser Lister.
Lister? Que Lister? Tinha sido bonito, tinha...
1 comentário:
Alegria pode ser?
Ou muito me engano ou não tarda Socrates estará na lista do proibidos
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